Olá pessoal, como vocês já viram eu postei a resenha do livro da Cléo Busatto chamado A fofa do terceiro andar. Conversei um pouco com ela e por pedidos de alguns, formulei uma entrevista para conhecermos um pouco mais dessa autora maravilhosa! Leia e se surpreenda como eu!
1- Poderia se apresentar? Nome, idade, profissão, lugar de nascimento.
Meu nome é Cléo
Busatto, gosto de gatos, de viajar e brincar com as palavras. Escrevo livros,
conto histórias ao vivo e nas mídias digitais que produzo. Iniciei meu caso de
amor com as palavras aos três anos e meio. Daí para criar minhas histórias foi
um pulo. Escrevi, dirigi e atuei em peças de teatro. Sou autora de mais de 20 obras, entre livros
de literatura, teóricos sobre oralidade, CDs e DVDs. Em 2002 publiquei meu primeiro
livro infantil, Dorminhoco, e não
parei mais. Seguiram-se Pedro e o Cruzeiro do Sul; Paiquerê, o paraíso dos
Kaingang; O florista e a gata, entre outros. Eles fazem parte de programas de
leitura e catálogos internacionais, como a Feira Infantil de Bologna. Meu livro A fofa do terceiro andar, de 2015, foi
finalista ao Prêmio Jabuti 2016, na categoria juvenil. Sou Mestre em Teoria Literária
pela UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina, onde pesquisei as poéticas
da narração oral no meio digital e pesquisadora transdisciplinar, com formação
pelo CETRANS - Centro de Educação Transdisciplinar. Realizei inúmeras palestras e oficinas pelo
Brasil e exterior. Como mediadora em projetos sobre oralidade, leitura e
literatura, capacitei mais de 50 mil pessoas e contei histórias para mais de
140 mil.
2-Qual foi o principal público na escrita do seu livro? (A fofa do terceiro andar)
A fofa vem sendo lida não apenas por jovens, como também por
adultos. Percebo que eles se identificam com o adolescente que foram. Ver que
minha obra ter esta abrangência me deixa feliz.
3- A ideia do livro veio de alguma experiência real?
Em 2006, eu andava bem insatisfeita em ver como as pessoas eram
manipuladas através de questões banais e insignificantes, como ter que seguir um
padrão de beleza que tiranamente, dizia as mulheres que elas deviam ser magras e
esbeltas. Na época isso provocou muita confusão na cabeça das garotas mais
jovens, que adotavam práticas cruéis consigo próprias, para manter esse modelo
ideal. Desenvolviam bulimia e algumas chegavam mesmo a correr risco de vida.
Resolvi protestar contra esta ditadura da moda através da história de uma
garota que estava acima do peso, sofria com o bullying e que descobre, mais
tarde, que os excessos que carregava não eram apenas físicos, como também,
emocionais. Ao adquirir esta consciência, ela promove uma autotransformação
bonita de ver.
4-Acha que seu livro pode ser trabalhado em sala de aula?
Com certeza. Ele pode servir como elemento sensibilizador
para a discussão de vários temas, não só o bullying, como o processo de
autoconhecimento e amadurecimento emocional.
5-De onde veio a inspiração de ser escritora?
Eu sempre inventei histórias, desde pequena.
6-Ficou contente com a repercussão do livro? E com sua profissão?
Sim. Muito contente e continuo contente em ver que garotas
como você, estão aqui escrevendo e divulgando a boa literatura. Amo escrever.
7- Como é ser contadora de histórias, no meio de um público com crianças tão gamadas pela tecnologia?
O tempo da narrativa oral é diferente do tempo digital e as
crianças se encantam, quando estão diante de um bom contador de histórias. As
novas tecnologias têm seu espaço, porém o lugar das histórias narradas ao vivo
é único e, espero, que permaneça.
8- Além dos trabalhos de contadora de histórias, que outros projetos se incluem na sua carreira?
Eu atuo na formação de mediadores de leitura, com foco para
a leitura literária.
9- Acha que transformou vidas com a publicação de A fofa do terceiro andar?
Não sei responder. Eu não escrevo pra transformar as
pessoas, porém, se a partir das minhas obras elas se transformam, fui premiada.
10- Onde posso ir para apreciar seu trabalho? Ouvir suas histórias?
Eu ando circulando por aí. Acompanha o meu trabalho redes
sociais e qualquer hora a gente se cruza.
11-Virão novos trabalhos para o publico jovem?
Com certeza.
12- Por último quero em nome dos leitores, parabenizar seu trabalho e dizer que gostei muito do livro, acho que me acrescentou muito. Parabéns por todos os trabalhos voltados á literatura.
Obrigada Amanda, fico imensamente feliz com o seu retorno.
Costumo dizer que como a semente precisa da terra para germinar, eu busco a
alma dos meus leitores para existir como escritora. Obrigada.
Podemos perceber que tem muita coisa que podemos tirar dessa obra da autora e de seu maravilhoso trabalho.
Resenha do livro: A fofa to terceiro andar
Conheça mais da autora: Facebook, Site Oficial, Skoob.