quinta-feira, 30 de março de 2017

Entrevista com Cléo Busatto

Olá pessoal, como vocês já viram eu postei a resenha do livro da Cléo Busatto chamado A fofa do terceiro andar. Conversei um pouco com ela e por pedidos de alguns, formulei uma entrevista para conhecermos um pouco mais dessa autora maravilhosa! Leia e se surpreenda como eu!


1- Poderia se apresentar? Nome, idade, profissão, lugar de nascimento.

Meu nome é Cléo Busatto, gosto de gatos, de viajar e brincar com as palavras. Escrevo livros, conto histórias ao vivo e nas mídias digitais que produzo. Iniciei meu caso de amor com as palavras aos três anos e meio. Daí para criar minhas histórias foi um pulo. Escrevi, dirigi e atuei em peças de teatro.  Sou autora de mais de 20 obras, entre livros de literatura, teóricos sobre oralidade, CDs e DVDs. Em 2002 publiquei meu primeiro livro infantil, Dorminhoco, e não parei mais. Seguiram-se Pedro e o Cruzeiro do Sul; Paiquerê, o paraíso dos Kaingang; O florista e a gata, entre outros. Eles fazem parte de programas de leitura e catálogos internacionais, como a Feira Infantil de Bologna. Meu livro A fofa do terceiro andar, de 2015, foi finalista ao Prêmio Jabuti 2016, na categoria juvenil. Sou Mestre em Teoria Literária pela UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina, onde pesquisei as poéticas da narração oral no meio digital e pesquisadora transdisciplinar, com formação pelo CETRANS - Centro de Educação Transdisciplinar.  Realizei inúmeras palestras e oficinas pelo Brasil e exterior. Como mediadora em projetos sobre oralidade, leitura e literatura, capacitei mais de 50 mil pessoas e contei histórias para mais de 140 mil.

2-Qual foi o principal público na escrita do seu livro? (A fofa do terceiro andar)

A fofa vem sendo lida não apenas por jovens, como também por adultos. Percebo que eles se identificam com o adolescente que foram. Ver que minha obra ter esta abrangência me deixa feliz.

3- A ideia do livro veio de alguma experiência real?

Em 2006, eu andava bem insatisfeita em ver como as pessoas eram manipuladas através de questões banais e insignificantes, como ter que seguir um padrão de beleza que tiranamente, dizia as mulheres que elas deviam ser magras e esbeltas. Na época isso provocou muita confusão na cabeça das garotas mais jovens, que adotavam práticas cruéis consigo próprias, para manter esse modelo ideal. Desenvolviam bulimia e algumas chegavam mesmo a correr risco de vida. Resolvi protestar contra esta ditadura da moda através da história de uma garota que estava acima do peso, sofria com o bullying e que descobre, mais tarde, que os excessos que carregava não eram apenas físicos, como também, emocionais. Ao adquirir esta consciência, ela promove uma autotransformação bonita de ver.

4-Acha que seu livro pode ser trabalhado em sala de aula?

Com certeza. Ele pode servir como elemento sensibilizador para a discussão de vários temas, não só o bullying, como o processo de autoconhecimento e amadurecimento emocional.

5-De onde veio a inspiração de ser escritora?

Eu sempre inventei histórias, desde pequena.

6-Ficou contente com a repercussão do livro? E com sua profissão?

Sim. Muito contente e continuo contente em ver que garotas como você, estão aqui escrevendo e divulgando a boa literatura. Amo escrever.

7- Como é ser contadora de histórias, no meio de um público com crianças tão gamadas pela tecnologia?

O tempo da narrativa oral é diferente do tempo digital e as crianças se encantam, quando estão diante de um bom contador de histórias. As novas tecnologias têm seu espaço, porém o lugar das histórias narradas ao vivo é único e, espero, que permaneça.

8- Além dos trabalhos de contadora de histórias, que outros projetos se incluem na sua carreira?

Eu atuo na formação de mediadores de leitura, com foco para a leitura literária.

9- Acha que transformou vidas com a publicação de A fofa do terceiro andar?

Não sei responder. Eu não escrevo pra transformar as pessoas, porém, se a partir das minhas obras elas se transformam, fui premiada.

10- Onde posso ir para apreciar seu trabalho? Ouvir suas histórias?

Eu ando circulando por aí. Acompanha o meu trabalho redes sociais e qualquer hora a gente se cruza.

11-Virão novos trabalhos para o publico jovem?

Com certeza.

12- Por último quero em nome dos leitores, parabenizar seu trabalho e dizer que gostei muito do livro, acho que me acrescentou muito. Parabéns por todos os trabalhos voltados á literatura. 

Obrigada Amanda, fico imensamente feliz com o seu retorno. Costumo dizer que como a semente precisa da terra para germinar, eu busco a alma dos meus leitores para existir como escritora. Obrigada.

Podemos perceber que tem muita coisa que podemos tirar dessa obra da autora e de seu maravilhoso trabalho.  
Resenha do livro: A fofa to terceiro andar
Conheça mais da autora: Facebook, Site Oficial, Skoob

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